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Como fazer um contrato de compra e venda?

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Acredite ou não, muita gente tem dificuldade de compreender a importância de um bom contrato de compra e venda. Saber como fazer um contrato de compra e venda da maneira certa assegura a segurança jurídica das partes envolvidas na formalização de qualquer negócio.

Isso é especialmente relevante para empresários, que realizam transações comerciais significativas e precisam que a formalização dos contratos seja capaz de evitar litígios futuros e assegurar que os termos acordados sejam cumpridos.

Por outro lado, a ausência de um contrato bem elaborado pode levar a mal-entendidos e disputas, impactando negativamente o negócio.

Por isso, entender como estruturar esses documentos é vital para a saúde financeira e operacional de uma empresa.

Neste artigo, vamos abordar:

  • Ocasiões em que se deve formalizar um contrato de compra e venda;
  • Características essenciais desse tipo de contrato;
  • A importância do registro;
  • Passo a passo para a elaboração do contrato;
  • Possibilidades de anulação;
  • Importância da assessoria jurídica.

Continue lendo esse artigo que a MMF Advogados preparou para você.

Ocasiões em que se deve formalizar um contrato de compra e venda

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Ocasiões em que se deve formalizar um contrato de compra e venda.

Em diversas situações empresariais, a formalização de um contrato de compra e venda é imprescindível. Na lista abaixo, trouxemos uma lista de situações mais importantes em que o contrato de compra e venda é necessário:

  • Transações de alto valor: Para compras de grande valor, como imóveis ou grandes quantidades de mercadorias, a formalização é indispensável. Esses contratos geralmente envolvem quantias significativas de dinheiro e podem impactar diretamente a saúde financeira da empresa. Um contrato formal ajuda a garantir que todos os termos sejam claros e juridicamente vinculativos.
  • Transferência de propriedade: sempre que há transferência de propriedade, seja de bens móveis ou imóveis, um contrato formal é necessário para registrar os termos do acordo. Isso é especialmente relevante em transações que envolvem imóveis, onde a transferência de propriedade precisa ser claramente documentada para evitar futuros problemas legais.
  • Negócios entre empresas: em transações B2B, um contrato formal ajuda a garantir que ambas as partes cumpram suas obrigações. Negócios entre empresas muitas vezes envolvem termos complexos e condições que precisam ser claramente definidos e acordados para evitar mal-entendidos.
  • Acordos de longo prazo: contratos que envolvem compromissos de longo prazo devem ser formalizados para garantir a execução contínua dos termos acordados. Isso é particularmente importante em contratos que envolvem pagamentos recorrentes ou fornecimento contínuo de bens ou serviços.

Além dessas situações, existem outras ocasiões em que a formalização de um contrato de compra e venda é necessária, como em casos de fusões e aquisições, investimentos em novos ativos e acordos de parceria.

Em todos esses casos, o auxílio de uma assessoria jurídica especializada é fundamental para evitar disputas legais e perdas financeiras.

Leia também: Direito empresarial: área fundamental para o sucesso do negócio

Características do contrato de compra e venda

Os contratos de compra e venda têm algumas características essenciais que os definem e diferenciam de outros tipos de contratos. Abaixo, vamos detalhar cada uma delas:

Bilateral

Um contrato de compra e venda é um acordo bilateral, significando que gera obrigações tanto para o comprador quanto para o vendedor. Isso pressupõe que ambos devem cumprir suas partes no acordo: o vendedor entrega o bem e o comprador realiza o pagamento.

Essa bilateralidade garante que ambas as partes estejam comprometidas com o cumprimento do contrato, proporcionando uma base sólida para a transação.

Consensual

Este tipo de contrato é consensual, ou seja, depende do consentimento mútuo das partes envolvidas. Não é necessário a entrega do bem para que o contrato tenha validade, bastando o acordo de vontades.

A consensualidade significa que, assim que as partes chegam a um acordo sobre os termos do contrato, ele se torna válido e obrigatório, independentemente da entrega física do bem.

Oneroso

O contrato de compra e venda é oneroso, pois envolve uma troca de valores. O comprador paga uma quantia em dinheiro ou outro bem em troca do bem adquirido, criando uma obrigação mútua.

A onerosidade serve para que ambas as partes obtenham um benefício tangível da transação, o que é essencial para a viabilidade econômica do contrato.

Comutativo

Além de ser bilateral, consensual e oneroso, um contrato de compra e venda também é comutativo, o que significa que as obrigações de ambas as partes são equivalentes e proporcionais. Isso garante que a troca de valores entre comprador e vendedor seja justa e equilibrada, evitando que uma das partes seja desfavorecida.

Essas características asseguram que o contrato de compra e venda seja capaz de proteger os interesses das partes envolvidas e garantir a segurança da transação.

Importância de se registrar uma compra e venda em contrato

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Importância de se registrar uma compra e venda em contrato.

Registrar uma compra e venda em contrato é vital para assegurar a validade e a executabilidade do acordo. Como já visto, um contrato formal proporciona segurança jurídica e pode ser utilizado como prova em caso de disputa.

Além disso, registrar o contrato em um cartório proporciona mais uma camada de proteção a ambas as partes, garantindo a publicidade do acordo e a sua oposição a terceiros.

No caso de compra e venda de bens imóveis, o registro em cartório dessas transações se faz ainda mais necessário. Sem o registro, o comprador corre o risco de que o bem possa ser reivindicado por terceiros ou que o vendedor possa tentar vender o mesmo bem a outra pessoa.

Por sua vez, o registro confere publicidade ao contrato, tornando-o oponível a terceiros e protegendo os direitos do comprador.

Como fazer um contrato de compra e venda?

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Como fazer um contrato de compra e venda?

Agora, vamos ao passo a passo para elaborar um contrato de compra e venda eficaz:

Formas de celebração de contrato de compra e venda

Existem várias formas de celebrar um contrato de compra e venda, dependendo da natureza da transação e dos bens envolvidos. Pode ser realizado por escrito, verbalmente, ou através de um documento digital assinado eletronicamente.

  1. Contrato por escrito: É a forma mais comum e segura, especialmente para transações de alto valor. Um contrato por escrito detalha todos os termos e condições da transação, proporcionando uma referência clara em caso de disputa.
  2. Contrato verbal: Embora haja um nível maior de insegurança jurídica com relação aos outros itens dessa lista, o contrato verbal é, de fato, legalmente válido no Brasil. De acordo com o artigo 107 do Código Civil Brasileiro, a validade de uma declaração de vontade não depende de forma especial, a menos que a lei expressamente exija. Portanto, um contrato verbal é válido, desde que atenda aos seguintes requisitos: agente capaz, objeto lícito e possível, determinado ou determinável. Em caso de litígio, a existência desse contrato precisa ser comprovada por meio de testemunhas, documentos, e-mails ou outros meios periciais.
  3. Contrato Digital: Com a evolução da tecnologia, os contratos digitais se tornaram uma opção prática e segura. Eles podem ser assinados eletronicamente, o que facilita o processo e oferece segurança jurídica. Plataformas de assinatura digital como DocuSign e Adobe Sign podem ser utilizadas para isso.

Leia também: Contrato de locação de imóvel: como é a celebração e o distrato

O que deve constar em um contrato de compra e venda?

Um contrato de compra e venda deve conter os seguintes elementos básicos:

  • Identificação das partes: Nome, documento de identificação e endereço do comprador e vendedor. Isso garante que as partes sejam claramente identificadas e que o contrato seja vinculativo para ambas.
  • Descrição do bem: Detalhamento claro e preciso do bem que está sendo vendido. Quanto mais detalhada a descrição, menor a chance de disputas futuras sobre o que foi vendido.
  • Preço e condições de pagamento: Valor acordado e forma de pagamento (à vista, parcelado, etc.). É importante especificar se haverá juros em caso de parcelamento e as datas de vencimento das parcelas.
  • Prazos e condições de entrega: Data e local de entrega do bem. Se houver condições específicas de transporte ou armazenamento, estas também devem ser detalhadas.
  • Garantias: Quaisquer garantias oferecidas pelo vendedor. Isso pode incluir garantias de qualidade, funcionamento ou conformidade com normas técnicas.
  • Cláusulas de rescisão: Condições sob as quais o contrato pode ser rescindido por qualquer uma das partes. Isso ajuda a proteger ambas as partes em caso de descumprimento do contrato.
  • Cláusulas de penalidades: Sanções aplicáveis em caso de inadimplemento. Isso pode incluir multas, juros ou outras penalidades financeiras.
  • Assinaturas: Assinatura das partes envolvidas e, se possível, de testemunhas. A assinatura de testemunhas pode fortalecer a validade do contrato em disputas legais.

Além desses elementos básicos, um contrato de compra e venda pode incluir outras cláusulas específicas, dependendo da natureza da transação e dos bens envolvidos.

Quando o contrato não é registrado em cartório tem valor?

Sim, um contrato de compra e venda tem valor legal mesmo sem registro em cartório. No entanto, o registro pode ser necessário para certas transações, como a compra de imóveis, para que o contrato tenha efeito contra terceiros.

Em uma disputa sobre a propriedade de um imóvel, um contrato não registrado pode não ser suficiente para provar a titularidade, por exemplo.

O registro, por outro lado, garante que o contrato seja público e reconhecido legalmente, protegendo os direitos das partes envolvidas.

Quem tem que pagar o contrato de compra e venda?

Normalmente, quem arca com os custos do registro cartorário do contrato é o comprador. No entanto, isso pode ser negociado entre as partes e especificado no contrato. Em alguns casos, o vendedor pode concordar em compartilhar ou cobrir os custos do registro para facilitar a venda.

Além dos custos de registro, podem haver outras despesas associadas à elaboração e formalização do contrato, como honorários advocatícios e taxas de avaliação do bem.

É importante que todas essas despesas sejam discutidas e acordadas antecipadamente para evitar surpresas.

É possível fazer a anulação de um contrato de compra e venda?

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É possível fazer a anulação de um contrato de compra e venda?

Sim, a anulação de um contrato de compra e venda é possível, mas depende de certas condições e motivos que devem ser comprovados.

Leia também: Contrato de vesting: qual a sua finalidade e questões jurídicas

Quais são as possibilidades de distrato em uma compra e venda?

Algumas possibilidades de distrato são:

  • Acordo mútuo: As partes podem concordar em rescindir o contrato de comum acordo. Isso geralmente envolve a devolução do bem ao vendedor e o reembolso do comprador, podendo incluir compensações por despesas incorridas.
  • Inadimplência: Se uma das partes não cumprir suas obrigações contratuais, a outra parte pode solicitar a rescisão do contrato. Por exemplo, se o comprador não pagar o preço acordado, o vendedor pode anular a venda e exigir a devolução do bem.
  • Erro, dolo ou coação: Um contrato pode ser anulado se uma das partes foi induzida a celebrá-lo por meio de erro, fraude ou coação. Nesse caso, a parte prejudicada pode buscar a rescisão judicial do contrato.
  • Incapacidade: Se uma das partes era incapaz de entender ou cumprir os termos do contrato no momento da celebração, o contrato pode ser anulado. Isso pode ocorrer em casos de menoridade, incapacidade mental ou outra condição que afete a capacidade legal.

Além dessas possibilidades, é importante considerar que a anulação de um contrato pode ter consequências legais e financeiras significativas. Por isso, é fundamental buscar assessoria jurídica antes de tomar qualquer ação nesse sentido.

Importância da assessoria jurídica na formalização de um contrato de compra e venda

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Assessoria jurídica na formalização de um contrato de compra e venda.

Contar com uma assessoria jurídica é fundamental para garantir que o contrato de compra e venda esteja de acordo com a legislação vigente e proteja os interesses das partes envolvidas.

Os advogados especializados podem ajudar na elaboração do contrato, negociação de termos e registros, além de oferecer suporte em caso de disputas.

A assessoria jurídica proporciona várias vantagens, como:

  • Garantia de conformidade legal: Advogados especializados garantem que o contrato esteja em conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis, evitando problemas legais futuros.
  • Personalização do contrato: Cada transação é única, e um advogado pode ajudar a personalizar o contrato para atender às necessidades específicas das partes envolvidas.
  • Negociação de termos: Os advogados podem auxiliar na negociação de termos favoráveis e justos, protegendo os interesses de seus clientes.
  • Prevenção de litígios: Um contrato bem redigido e claro pode prevenir disputas e litígios, economizando tempo e dinheiro para ambas as partes.
  • Suporte em caso de disputa: Se surgir uma disputa, um advogado pode fornecer a representação legal necessária para resolver o problema de forma eficaz.

A assessoria jurídica é especialmente importante em transações complexas ou de grande valor, onde os riscos são maiores e as consequências de um erro podem ser significativas.

Conclusão

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Como fazer um contrato de compra e venda?

Formalizar um contrato de compra e venda é essencial para a segurança das transações empresariais.

Um contrato bem elaborado previne disputas, garante a clareza dos termos acordados e oferece proteção jurídica às partes.

Lembre-se de contar com assessoria jurídica para assegurar que seu contrato esteja conforme as exigências legais e proteja seus interesses de forma eficaz.

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Autor:

MMF Advogados

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